sábado, 9 de outubro de 2010

Sobre insônia, desespero e descorbertas...





São 4 horas da madrugada aqui, ai no Brasil são 18:00... eu perco o sono e confesso quase me desespero. TEnho explicações plausíveis pra falta de sono e pro desespero. Quanto a falta de sono deve ser culpa do fuso horário, não é fácil se adaptar. Quanto ao desespero, deve ser mais que normal que - uma pessoa que decide cruzar o oceano pra alcançar seus objetivos, que escolhe a solidão e o foco numa carreira que exige que ela tenha medidas perfeitas (que fique claro que, quando digo medida perfeita se refere ao padrão de beleza exigido nesse mundo da moda) e isso exige sacrifícios e sacrifícios implicam em comer menos, em comer coisas saudáveis, hábitos que escapavam de sua rotina normal - fique um tanto atordoada e nervosa e irritada e querendo mandar pra p%*# que *&%#$ o primeiro tailândes metido a besta que cruzar na frente.
Isso é normal? Tem que ser e tem que passar...

Pois é, estou focada sim, quem me conhece sabe que quando quero uma coisa eu me dôo inteira, dôo de me doar e dôo de me doer, porque exijo demais de mim, espero demais das coisas e faço o meu melhor. É isso que estou fazendo agora. Me doando e me doendo com a certeza de que valerá a pena.
Tenho ouvido muuuita música, muita mesmo... meu note está a ponto de explodir e na verdade isso quase aconteceu duas vezes já... estou um pouco preocupada, afinal meu note é meu companheiro, minha agenda, não posso ficar sem ele...
Tenho bebido muuuita água, ainda nao me acostumei com esse calor insuportável...
Tenho sentido muuuuita saudade... mas eu sei que tudo nessa vida exige sacrifício, ninguém me disse que mudar o rumo e seguir por um caminho diferente seria fácil, não é? E seria ilusão minha acreditar que se eu estivesse ai no Brasil estaria sendo mais fácil, os desafios seriam outros, porém ainda assim haveriam desafios...
Tem pessoas especiais que não saem da minha cabeça, sinto falta de conversar, quero o bom e velho português e não meu inglês arranhado-enrolado-atropelado, ou o tailândes que tenho aprendido sem esforço até, confesso...
Isso vai passar... isso vai passar... eu repito pra mim e me convenço de que - sim, vai passar.

Tem sido uma extrema liçao pra mim, ter que me aturar o dia inteiro, ter que conviver só comigo, eu tenho me ouvido, eu tenho prestado mais atenção em mim, e arrisco a falar que esse tempinho sozinha vem me fazendo enxergar uma Taila que eu nao notava antes, não estou fazendo nada de extraordinário, mas eu olho pra trás, releio minha história, repenso sobre os bons momentos, sobre os maus momentos, sobre o que teria sido se eu tivesse pego o caminho da esquerda, o que teria sido se eu não tivesse abandonado fulano, ou se ciclano tivesse me amado o suficiente pra não me deixar partir, ou se eu tivesse escolhido outro curso, ou se eu não tivesse participado do aprendiz, e eu vejo tudo com uma calma, enxergo com clareza e me orgulho - não do que tenho (porque não tenho quase nada), mas do que sou. E se me dessem o direito de voltar atrás, de refazer escolhas, de consertar meus erros, de acertar mais, eu ainda assim faria tudo igual, eu estou descobrindo que gosto de mim, que gosto do que me tornei e que eu posso ser muito mais.
Voltei a sonhar, sabiam? Voltei a fazer planos... quanto tempo fazia que eu não conseguia sequer planejar como seria a próxima hora do meu dia...
Afinal de contas, eu tenho duas opçoes: me lamento pela saudade, por ter que emagrecer, por estar longe de quem eu gosto ou eu aprendo a me surpreender com um mundo novo que pode ser encantador, se eu quiser.
Eu escolho a segunda opção por ser a menos dolorida...

Esses dias difíceis irão passar - eu sei... e eu volto com muito mais sorriso no próximo post

Um comentário:

  1. Sempre volte com muuuito mais sorrisso....

    TE AMO!

    Do seu irmão mais lindo desse mundão a fora...

    Gustavo!

    xD

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