quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sobre Bangkok


Bangkok é uma cidade extraordinária. Uma cidade enorme com cerca de onze milhões de habitantes.
Me mantive trancada no quarto durante algum tempo e só agora sei o que estava perdendo.
A cidade é de fato incrível. Quando decidi sair do meu quarto pra descobrir um pouco mais sobre a cidade me deparei com uma outra Bangkok.
Onde moro, é a Bangkok tradicional, que mantém seus velhos costumes, onde os moradores são na maioria tailandeses e a única lingua que ouço por aqui é o tailandês, as pessoas se vestem de maneira mais tradicional, os restaurantes por aqui servem comida típica daqui. E eu tenho que confessar algo, a comida típica daqui não me agradava muito. Estou começando a me acostumar. A comida oscila entre o apimentado demais e o doce demais. Não há o meio termo, nada salgado. No começo só de sentir o cheiro da comida cheia de pimenta, meus olhos se enchiam de lágrimas, hoje já como alguma coisa com um pouco de pimenta, aos poucos meu paladar vai se acostumando. Até porque, entre a pimenta e o açúcar, eu prefiro a pimenta.
Aqui eles comem com garfo e colher. Colher na mão direita e garfo servindo como apoio, quase que como uma faca, na mão esquerda. Nunca encontro faca por aqui, na parte velha da cidade, que como eu disse, preserva os costumes antigos.
Outra coisa coisa curiosa são os carrinhos de comida espalhados pela calçada, as pessoas fazem a comida na rua... sim, na rua. E não é nada aconselhável comer - óbvio, né. Amo comer, mas não quero ter uma intoxicaçao alimentar...
Não raro, encontro pela rua, pessoas com garrafas de água de um litro e canudinho. Faz um calor infernal aqui. Haja água pra suportar.
O cumprimento tailandês é lindo, as pessoas unem as palmas das mãos na altura do peito e abaixam a cabeça em sinal de respeito, e a saudação dita tanto pra quem chega, quanto pra quem sai é: "sa wa dee"
Nessa parte da cidade praticamente não há calçada e é horrível andar pelos cantinhos das ruas, ainda mais pra mim que sou desatenta. E mais, a direção é ao contrário, os volantes ficam do lado direito do carro. E por esse detalhe eu quase já fui atropelada incontáveis vezes.
Aqui na parte velha, as pessoas utilizam barcos e existe até um comércio marítimo, há lugares inclusive em que elefantes podem ser visto transitando livremente, eu ainda não vi!
A parte nova de Bangkok é como o centro de qualquer cidade grande, a modernidade estampada nas ruas, nos prédios, nos shoppings. Pessoas apressadas, vestidas com a tendência da moda, muitos estrangeiros. E é muito comum ouvir alguém falando inglês e outras linguas até. Há restaurantes pra todos os gostos. Comida japonesa, italiana, chinesa, árabe, mexicana. Infelizmente ainda não encontrei um restaurante brasileiro. Mas como disse, sai do meu quarto pra descobrir a cidade tem pouco tempo.
A nova Bangkok é incrível, eu parecia uma criança andando de BTS- Skytrain, que é um sistema railway elétrico elevado do transporte público, ou seja, um trem sobre trilhos no céu. Simplesmente fantástico. Existem prédios enormes, diferente dos prédinhos daqui, que geralmente não passam de cinco andares.
As boates ficam na parte nova da cidade e fecham no máximo as duas da manhã. Horário que, no Brasil estávamos indo pra balada... outra curiosidade é que aqui é proibido beijar em público.
Bangkok é cheia de curiosidades e é uma cidade em que contrastam o antigo e o novo, o tradicional e o moderno. E que assim como em qualquer outra grande cidade, a desigualdade social é visível.
Os shoppings da parte antiga da cidade se parecem com o camelódromo de Londrina, enquanto os shoppings de parte nova, nem se comparam com o Catuaí. São shoppings ultra-modernos, com um ambiente maravilhoso, luxuosos. E tudo fica mais visível ainda nos preços, quando comparamos os preços das coisas da parte velha da cidade com o preço das coisas na parte nova da cidade.
Os carros por aqui são bem coloridos, não é como no Brasil, que só vemos carros pretos e pratas, na maioria das vezes. Por aqui, é comum ver carro verde, azul, amarelo e até rosa.
Há muitos templos, lindos templos. A grande maioria dos tailandeses são budistas. E eu ainda não tive a oportunidade de conhecer um templo, mas assim que der, o farei.
A atitude tailandesa em relação a vida é baseada praticamente em três princípios. O primeiro deles é o "jai yen", onde diz que deve-se evitar qualquer tipo de confronto. O segundo princípio, que é o que eu mais gosto, é o "mai pen rai", que na tradução ao pé da letra significa 'não importa', mas que nesse caso, quer dizer mais ou menos que 'pra tudo dá-se um jeito'. O terceiro princípio é o "sanuk" que literalmente significa diversão. É, eles tem um bom jeito de levar a vida, né?!

Enfim, me impressiono a cada dia com minhas novas descobertas e a cada dia minha admiração por essa cidade cresce mais.
Assim que descobrir mais curiosidades sobre a cidade e seus costumes venho falar um pouquinho mais.
Mas já posso falar com toda certeza do mundo, que essa cidade é incrível e apaixonante!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quero ver quem suporta me ver feliz.



Estou EXAUSTA de gente puxando conversa no MSN, Orkut, Facebook, Formspring, Twitter e todas as redes sociais possíveis pra vir me perguntar se eu estou bem.

Tenho a impressão de que algumas pessoas esperam que eu responda que não, que estou mal, que tenho sofrido por saudade, que estou pensando em desistir e que estou, inclusive, pensando em suicídio.

(Haha. Bobinhos, não vai ser dessa vez, nem da próxima.)

Claro que eu sofro, gente! CLARO. Eu sou humana! Felizmente não tive a infelicidade de nascer com um coração de pedra, como muitas pessoas que eu conheço por ai.

E eu queria muito saber o que passa na cabeça de certas pessoas que vêm me perguntar se eu estou bem... meus queridos, a resposta está bem ensaiada e na ponta da língua. Estou ótima. Ops, isso era segredo!!! Mas é que assim, eu economizo tempo e paciência. Me poupo.

Como é difícil ficar feliz com a felicidade alheia, né? Ver o próximo se fudendo, é motivo de várias risadas e até mesmo de satisfação plena pra alguns. Que mundinho de merda que vivemos, não?

Aprenda uma coisa: se você souber dividir sua felicidade e se alegrar com a felicidade dos outros, seus momentos de tristeza reduzirão 95%. Eu garanto. Tentem fazer isso, se der errado, por favor, me avisem! Porque pra mim isso sempre deu certo!

Agora se você se morde de ódio de ver o outro se dando bem, me desculpe, vai continuar nessa vidinha medíocre. Vivendo de comparações. E se iludindo até, porque o outro sempre nos parece ser mais feliz do que fato é. Vivam a vida de vocês e parem de se preocupar e querer saber se o outro está ou não mais feliz ou infeliz que você.

Meus caros, uma coisa eu aprendi nessa vida, por tudo o que eu já passei, amigo de verdade não é o que enxuga suas lágrimas, não. Amigo de verdade é o que suporta te ver feliz. Porque felicidade hoje em dia ofende. E são esses amigos, os que me acompanham na tristeza, e suportam minha felicidade que eu quero pra perto da mim, quero muito bem e pra sempre. O resto é só resto! Que envenenem suas próprias vidas, não a minha ou das pessoas que eu amo!

E sinto muito se ofendo um bando de gente e sinto dizer, continuarei ofendendo!!!
Como diz a canção: “Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu!”

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Envelheço na cidade


Tenho 22 anos e uma história de dar inveja à muitas pessoas...

Ontem foi uma data especial! Posso garantir que foi o aniversário mais diferente que tive desde quando eu nasci. Tirando, é claro, meu aniversário de 15 anos. Quando me fizeram uma festa surpresa e eu não compareci, porque odeio festas surpresas, odeio ser a última a saber de algo e mais, odeio que tentem me enganar se não sabem fazer isso tão bem.

Ontem, foi um dia realmente especial. Primeiro que sempre tive aversão a aniversários. A idéia de envelhecer me doía tanto.
Me sinto tão madura, e não por causa da idade, e sim, por esse ultimo mês. Aprendi tanto sobre mim, cresci tanto, tanto, que perdi o medo de envelhecer. Que perdi a vontade de ser criança pra sempre e de morar na Terra do Nunca. Até dias atrás eu ainda iria pra lá se eu pudesse. Não quero mais. Quero crescer, assumir minhas responsabilidades. Afinal, faço isso há tanto tempo. Mas só agora me dei conta de que ser adulto não é nada horrível. É que pra muitos, o fato de ser adulto os deixam pesados, como se a maturidade fosse um fardo. Quando crianças não temos medo do ridículo e passamos a ter consciência disso quando crescemos. Acho que é isso que impede os adultos de sorrirem em momentos inoportunos, de serem felizes como eram quando crianças, quando a única preocupação era entregar o dever de casa que os pais ainda ajudavam fazer. Sorrir em momento inoportunos, de vez em quando, não faz mal a ninguém.

Sou totalmente responsável por meus atos, e mesmo sendo adulta, não me permito perder o dom de me surpreender, de me encantar, de sorrir quando der vontade, de chorar se for preciso. Não me permito ter medo do ridículo. E isso não significa que eu esteja fugindo de encarar o mundo como ele deve ser encarado. Sei muito bem do mundo, sei muito bem de mim. A cara de sonsa é só charme, meu bem!

Estou do outro lado do mundo, sozinha e pensei que a data de ontem, que é só mais um dia normal pra qualquer pessoa, inclusive pra mim, iria passar em branco, realmente como um dia qualquer.

Mas não, o pessoal da agência cantou parabéns pra mim, com direito a bolo, velinhas e pedido. E mais, escrito parabéns em português. E eu adorei. Adorei mesmo, fiquei muito feliz. Sai à noite, fui pra balada pela primeira vez e percebi uma coisa, a balada já não me agrada tanto quanto costumava me agradar. Óbvio que as vezes é bom, até porque me distraí um pouco. Esqueci um pouco os problemas. Depois que um bebi um pouquinho, confesso, comecei a lembrar de alguns com muito mais força. Mas passou.

Na verdade, não vim falar disso. Não só disso.

É que hoje, consigo olhar pra trás, consigo olhar pra frente também, com olhos de quem realmente sabe o que quer e o que não quer. E nessa minha mania de pensar no passado, eu me dei conta de quantas pessoas maravilhosas Deus colocou na minha vida. Algumas me acompanharam desde quando nasci, outras eu conheci pelos caminhos, outras só passaram, não puderam ficar, outras estão do meu lado até hoje, outras permanecerão ao meu lado até o fim da minha vida. Sei o quanto é natural as pessoas se encontrarem e se perderem. E sei reconhecer o valor de cada pessoa especial que passou na minha vida. E agradeço a Deus. Sei bem, que por onde passei, procurei ser especial também. E eu sinto uma força tão grande, vibrações positivas que vêm de muitas pessoas, que eu sei, me querem muito bem.

E é muito bom poder contar com cada uma dessas pessoas.

Não vou citar nomes, não preciso. Mas agradeço humildemente a todas as pessoas que me desejam o bem. Se existe alguém me deseja o mal, eu não sei o motivo. Porque eu nunca desejei o mal pra ninguém, ainda que merecessem.
Se você me deseja o bem, eu te desejo amor. E, se você me deseja o mal, eu também te desejo amor!