quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Envelheço na cidade


Tenho 22 anos e uma história de dar inveja à muitas pessoas...

Ontem foi uma data especial! Posso garantir que foi o aniversário mais diferente que tive desde quando eu nasci. Tirando, é claro, meu aniversário de 15 anos. Quando me fizeram uma festa surpresa e eu não compareci, porque odeio festas surpresas, odeio ser a última a saber de algo e mais, odeio que tentem me enganar se não sabem fazer isso tão bem.

Ontem, foi um dia realmente especial. Primeiro que sempre tive aversão a aniversários. A idéia de envelhecer me doía tanto.
Me sinto tão madura, e não por causa da idade, e sim, por esse ultimo mês. Aprendi tanto sobre mim, cresci tanto, tanto, que perdi o medo de envelhecer. Que perdi a vontade de ser criança pra sempre e de morar na Terra do Nunca. Até dias atrás eu ainda iria pra lá se eu pudesse. Não quero mais. Quero crescer, assumir minhas responsabilidades. Afinal, faço isso há tanto tempo. Mas só agora me dei conta de que ser adulto não é nada horrível. É que pra muitos, o fato de ser adulto os deixam pesados, como se a maturidade fosse um fardo. Quando crianças não temos medo do ridículo e passamos a ter consciência disso quando crescemos. Acho que é isso que impede os adultos de sorrirem em momentos inoportunos, de serem felizes como eram quando crianças, quando a única preocupação era entregar o dever de casa que os pais ainda ajudavam fazer. Sorrir em momento inoportunos, de vez em quando, não faz mal a ninguém.

Sou totalmente responsável por meus atos, e mesmo sendo adulta, não me permito perder o dom de me surpreender, de me encantar, de sorrir quando der vontade, de chorar se for preciso. Não me permito ter medo do ridículo. E isso não significa que eu esteja fugindo de encarar o mundo como ele deve ser encarado. Sei muito bem do mundo, sei muito bem de mim. A cara de sonsa é só charme, meu bem!

Estou do outro lado do mundo, sozinha e pensei que a data de ontem, que é só mais um dia normal pra qualquer pessoa, inclusive pra mim, iria passar em branco, realmente como um dia qualquer.

Mas não, o pessoal da agência cantou parabéns pra mim, com direito a bolo, velinhas e pedido. E mais, escrito parabéns em português. E eu adorei. Adorei mesmo, fiquei muito feliz. Sai à noite, fui pra balada pela primeira vez e percebi uma coisa, a balada já não me agrada tanto quanto costumava me agradar. Óbvio que as vezes é bom, até porque me distraí um pouco. Esqueci um pouco os problemas. Depois que um bebi um pouquinho, confesso, comecei a lembrar de alguns com muito mais força. Mas passou.

Na verdade, não vim falar disso. Não só disso.

É que hoje, consigo olhar pra trás, consigo olhar pra frente também, com olhos de quem realmente sabe o que quer e o que não quer. E nessa minha mania de pensar no passado, eu me dei conta de quantas pessoas maravilhosas Deus colocou na minha vida. Algumas me acompanharam desde quando nasci, outras eu conheci pelos caminhos, outras só passaram, não puderam ficar, outras estão do meu lado até hoje, outras permanecerão ao meu lado até o fim da minha vida. Sei o quanto é natural as pessoas se encontrarem e se perderem. E sei reconhecer o valor de cada pessoa especial que passou na minha vida. E agradeço a Deus. Sei bem, que por onde passei, procurei ser especial também. E eu sinto uma força tão grande, vibrações positivas que vêm de muitas pessoas, que eu sei, me querem muito bem.

E é muito bom poder contar com cada uma dessas pessoas.

Não vou citar nomes, não preciso. Mas agradeço humildemente a todas as pessoas que me desejam o bem. Se existe alguém me deseja o mal, eu não sei o motivo. Porque eu nunca desejei o mal pra ninguém, ainda que merecessem.
Se você me deseja o bem, eu te desejo amor. E, se você me deseja o mal, eu também te desejo amor!


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