domingo, 3 de outubro de 2010

Confusão...



Eu deveria começar do começo pra que vocês entendessem o quanto esse mundo dá voltas e o quanto, apesar do livre arbítrio, somos sugados por uma força maior que nos coloca diante do nosso destino.
O começo dessa história, fica pra um próximo post, porque hoje queria falar sobre minha ansiedade, sobre minha dificuldade de entender aquilo que Deus escreve nas suas linhas tortuosas, e mais, de entender o que Ele escreve nas entrelinhas.
Eu fugi tanto disso, fugi porque quis provar pro mundo que eu poderia muito bem ser alguém na vida sem precisar recorrer (e digo sem pretensão alguma) à minha aparência.
No meu demente exercício de tentar não fantasiar, eu confesso, falhei... e fantasiei uma vida linda, muito sucesso profissional, através da carreira de administradora. Mas me deparei com as armadilhas que esse mundo arma, quando as pessoas insistem em julgar todo mundo pela aparência que cada um tem.
Não posso dizer que fui um fracasso, pelo contrário, me orgulho muito por ter tentado construir um futuro cheio de ilusões, no qual, construiria uma linda carreira de sucesso, me formaria, arrumaria um emprego legal, conquistaria minha estabilidade financeira até os 30 anos, e após uma sequência de conquistas na área profissional, correria atrás daquilo que toda e qualquer mulher sonha: uma linda família, com um marido perfeito e filhos perfeitos. É, eu também sonho com isso que, apesar de nunca ter sido prioridade na minha vida, esteve sempre nos meus planos... uma família.
Se você estiver lendo e prestando atenção, deve estar se perguntando por que eu mudo tanto de assunto. A verdade é que meu cérebro está a mil por hora, com um milhão de pensamentos que tentam me enlouquecer e pra falar sobre o presente, não posso escapar de imaginar o que será de mim no futuro e nem de lembrar do passado que me trouxe até aqui.
Aprendi, desde muito cedo, que a vida é feita de recomeços.
E minha pressa de conquistas, me fez desistir por um tempo, de algumas prioridades e trocá-las por outras, que não deixam de ser dignas de orgulho.
Meu último mês foi intenso. Sofri uma pequena desilusão amorosa, sofri também, uma decepção no trabalho e ainda por cima me vi perdendo o amor que eu tinha pelos estudos. Me vi perdida e quis sumir. E quis começar de novo. No meio disso tudo me apareceu uma proposta de voltar a trabalhar como modelo. Algo que, apesar de ser o sonho de muitas garotas, passou longe de ser o meu sonho de infância, mas que vira e mexe tem me 'atormentado'. E essa proposta apareceu em uma hora que eu jamais falaria não, porque sabia que era uma chance de sumir. Quando aceitei, no principio, confesso, não pensei em muita coisa. A proposta me veio a cabeça com uma luz piscando do lado da placa de “saída”. Sim, no principio, isso nada mais era que uma oportunidade de fugir dos problemas momentaneamente. Mas nessa vida de oportunidades escassas pra que não nasceu em berço de ouro, aprendi a desenvolver em mim, uma habilidade especial de transformar qualquer chance pequena, na grande chance da minha vida. E guerreira que sou, consegui ver o lado bom dessa oportunidade bem rápido como mais uma chance de crescimento.
E, voltando ao assunto, estou morrendo de medo, com uma ansiedade que não consigo controlar, mas acredito na minha força. Acredito porque tudo o que eu penso com muita força se transforma em realidade, e isso eu diria, é fé.
Vou sair daqui com o coração partido em mil pedaços, porque abandonar aquilo que nos é confortável por algo que nos tira desse conforto, não é fácil. Porque abandonar pessoas que amamos dói. Porque abandonar alguns ideais pode parecer fracasso. E eu não admito o fracasso.
Mas estou aqui, lutando por algo, lutando pra esquecer o passado, lutando pra conquistar um futuro melhor, lutando pra me encontrar em algum lugar. Tentando entender o que Deus quer pra mim, sem querer competir com o tempo.
É idiotice querer competir com o tempo, é batalha perdida, porque o que tem de ser tem força. E agora, eu só quero o que Deus quiser pra mim.
Sei que conto com uma torcida grande, porque apesar do meu jeito meio louco de ser, eu soube cativar as pessoas. (Só pode ter o poder de cativar alguém, que também tem a facilidade de ser cativado.) E ainda mais, conto com o Cara lá de cima... quer mais? Não preciso de muito mais.
Amanhã é o dia: vou pra São Paulo e na terça embarco pra Tailândia, sozinha, sem ninguém no aeroporto, e com isso, muito mais a vontade pra chorar tudo o que eu tiver pra chorar.
Ainda me pergunto se foi medo ou coragem o que me trouxe até aqui, mas quer saber, eu acho que vou longe, porque tenho uma esperança incrível, uma fé inatingível e uma vontade que não me engana.

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